sábado, 18 de julho de 2009


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Depois de teres lido a obra "O Principezinho" resolve agora o seguinte exercício

O Principezinho, Antoine de Saint-Exupéry (resumo)

Um aviador começa por recordar um momento marcante da sua vida: aos seis anos, depois de ter mostrado aos adultos os seus desenhos, e de estes não os terem percebido, desistiu da ideia de vir a ser um grande pintor. Mais tarde, decidiu ser aviador e voar por todo o mundo.
O piloto recorda uma das suas viagens, há seis anos atrás, quando o seu avião teve uma avaria e ele foi obrigado a aterrar no deserto do Sara para o tentar consertar. À noite, cansado deitou-se na areia e adormeceu. Uma voz doce acordou-o pedindo-lhe um desenho de uma ovelha. Ainda espantado pela presença daquele menino ali, um principezinho, o narrador fez o desenho da ovelha. Como o principezinho era muito exigente ele acabou por desenhar uma caixa dizendo-lhe que a ovelha estava lá dentro.
Assim começou o relacionamento entre o aviador e o principezinho.
Embora o principezinho não respondesse directamente às perguntas, aos poucos, o narrador foi conseguindo imaginar o planeta de onde o principezinho veio, um lugar muito pequenino, talvez o asteróide B612. A propósito deste asteróide o narrador conta a história do astrónomo turco que o descobriu.
O principezinho foi relatando alguns dos seus hábitos: arrancar as raízes dos embondeiros, varrer os vulcões, admirar o pôr-do-sol, cuidar da sua bela e querida flor, que muito orgulhosa, lhe impõe as suas vontades, até ao dia em que ele decidiu, por causa dela, abandonar o seu planeta.
O narrador apresenta os lugares por onde o principezinho passou atá chegar à Terra: o asteróide onde estava um rei que não tinha ninguém a quem governar, o asteróide de um vaidoso que não tinha ninguém para o admirar, o do bêbedo que bebia para se esquecer que tinha vergonha de beber, o do homem de negócios que se considerava dono das estrelas só porque se lembrou disso, o do acendedor de candeeiros que vivia para acender e apagar um único candeeiro e o do geógrafo que não conhecia o seu próprio planeta porque não era explorador.
Finalmente, o principezinho chegou à Terra onde trava conhecimento com uma serpente que o informa onde ele está, dialoga com uma flor, ouve as repetições do eco, descobre que afinal há muitas rosas e que a sua flor não é única; torna-se amigo de uma raposa que lhe ensina o significado de criar laços, e, antes de encontrar o narrador, conversa ainda com um agulheiro e um vendedor de pastilhas para matar a sede.
O narrador e o principezinho caminham pelo deserto à procura de água e encontram um poço. O narrador regressa para acabar o conserto do avião e o principezinho procura no deserto o lugar onde tinha caído há precisamente um ano, pois sente que é hora de regressar para a sua flor. A seu pedido, uma serpente pica-o com o veneno. O narrador conseguiu arranjar o avião e chega nesse momento, mas já é tarde de mais. Antes de morrer o principezinho diz-lhe que o recorde, olhando à noite para as estrelas. O principezinho estará numa delas.
É isso que o narrador faz quando regressa a casa. E hoje, passados seis anos, continua à procura do seu principezinho.

sábado, 4 de julho de 2009


o que é o amor?

...E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho. - Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exactamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo... Se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo... A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe: - Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me! ...

Antoine de Saint Exuperry